Mania minha de sentir e não falar.
De querer e não tentar.
De ter medo de te incomodar.
Ai fico aqui, desse jeito, que nem eu consigo entender... só
por causa dessa minha mania de não falar.
Mania minha de continuar ali mesmo que o mundo ao redor esteja
desabando. Mania de insistir e de acreditar que não é bem assim. Mania minha de
aceitar meras desculpas sem nexo como se as mesmas fossem flores perfeitas de
um jardim em primavera.
Eu e todas as minhas manias que me deixam aqui com o coração
na mão, pensando no que poderia ser diferente de tudo isso que o mundo traz.
Mania minha de me despir inteira para qualquer um olhar, mas
continuar ali, cheia de trapos para quem realmente precisa ver.
Mania de me entregar.
Mania minha de devorar livros e mais livros sem nunca ler o
ultimo capitulo, para não parecer tão bitolada em inteligência.
Mania minha de amar errado, intensamente, todos os dias, sofrer
por um segundo e desamar logo em seguida.
Mania minha de sorrir com comentários simples, enquanto
lágrimas encharcam meus olhos de tristeza.
Mania de querer que os homens da minha vida sempre estejam
aqui. Sim, todos os homens da minha vida, todos os que me apaixonei por um
segundo imortal.
Mania de querer falar e nada sair.
Mania minha de esperar o telefone tocar e não ter coragem
para ligar.
Mania minha de acreditar nas pessoas, de dar uma chance.
Mania de escrever, sobre tudo e sobre nada, e de me deixar
tão exposta em palavras.
Mania de pensar em você.
“ E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa
minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais. Dessa minha
mania tão boba de amar errado...”