Quando um não quer, dois não podem ser felizes!
Para quem está de fora, é bem mais fácil perceber quando alguém está insistindo numa história que, muito provavelmente, não tem futuro. Mas para quem está envolvido diretamente nesta tal história, tentando simplesmente ser feliz no amor, parece que sempre vale a pena tentar mais uma vez.
Afinal, quase sempre o outro dá alguns sinais. Em geral, não ...são exatamente sinais verdes, mas amarelos, com certeza. Ou seja, deixa brechas que fazem com que a pessoa se encha de esperança, crie expectativas e fortaleça a ideia de que, quem sabe, talvez, se persistir mais um pouquinho, dê certo e engatem um encontro de verdade.
Acontece que, entre uma esperança e outra, sempre vêm duas ou três frustrações, mais furos, mais desencontros, menos sintonia. E assim segue o ritmo desgastante e doloroso que só não vê quem não quer: quando um não está disponível, dois não podem viver uma história de amor!
Se você se identifica com algo parecido, se tem se sentido derrapando na estrada que acredita que te levará ao encontro da tão desejada felicidade, lembre-se do sábio dito popular: “para um bom entendedor, meia palavra basta”. Isto é, pare de dar “murro em ponta de faca”, reveja suas escolhas, olhe para a realidade tal qual ela se mostra e pare de viver de ilusões seguidas de desastrosas desilusões!
Você merece bem mais do que isso, mas só vai viver, de fato, algo que realmente te faça crescer e se sentir feliz quando acreditar nesta possibilidade e acender, você mesmo, todos os sinais vermelhos para esta história morna, sem intensidade, sem profundidade e sem coração na qual você vem insistindo em investir.
Em primeiro lugar, perdoe tudo isso, todo o seu passado e todo o seu presente. Compreenda que todos nós erramos para, então, finalmente, acertar! Agora, convicto do que quer, talvez você se dê conta de que a pessoa que está procurando, a que você realmente quer encontrar, não é esta com quem vem lutando e se machucando há tempos. A que você realmente merece encontrar é aquela que estará tão envolvida quanto você.
Sim, isso mesmo, você precisa de um novo amor, mas não de um amor que só existe no seu mundo ou nas suas expectativas vazias. A partir de hoje, portanto, vai investir na busca ou mesmo na espera (consciente e equilibrada) de um amor recíproco, intenso, inteiro, entregue, que esteja tão disposto quanto você a experimentar todos os sentimentos e a superar qualquer dificuldade.
Um relacionamento que lhe renda sonhos realizados, desejos vivenciados e uma história consistente entre duas pessoas que reconhecem que vale a pena insistir, sim, num amor, desde que os dois corações estejam seguindo o mesmo caminho, na mesma direção. E assim, quem sabe, você nunca mais se deixe consumir numa insistência masoquista, esvaziada de qualquer criatividade ou reciprocidade...
Isto é amar e ser livre. Amar e ser feliz!
domingo, 1 de fevereiro de 2015
Seu mundo que é meu
E nem tudo é o que parece ser. Nem toda palavra escrita tem o peso da palavra falada. E nem tudo é interpretado do jeito que deveria ser...
Você ali, jaqueta, camisa amassada, calça jeans clara meio surrada, sapatos extremamente brilhantes, sentado numa roda, falando sem parar, frio de meio de ano.
Olhei, e ainda não era ninguém conhecida (talvez continue não sendo, realmente não importa), mas olhei, cada movimento enquanto, ainda prolixo em suas falas, levantava-se e pelo pulso puxava a jaqueta, talvez para repararem menos na camiseta desleixada.
Toda sexta feira, em suas palavras era minha solidão que me tomava, a parte de mim que mais gosto, que mais me faz completa, a solidão dessa necessidade de mundo, de conceitos, de concordâncias.
Essa distância da estrada comum e proximidade e pluralidade de uma alma tão minha que ninguém tira.
Nem tudo é interpretado do jeito que deveria ser, e talvez visse aquilo como um momento de amor. Não, não se julgue tão bom. É um amor meu. Só meu.
Amor não precisa ser isso pregado socialmente e loucamente, com sentimentos de posse. Amor pode ser livre. Amor pode ser múltiplo. Amor pode ser só amor. Sem rótulos. Sem números. Sem medos. Nem toda palavra é o que parece ser.
A tempos não escrevia publicamente. Gosto de me esconder atrás de mim, atrás da minha posição, atrás dos conceitos hora sociais, hora psicológicos. Faz bem conviver tranquilamente com o mundo fora de mim.
Meus textos andavam sendo só meus, guardados em cadernos na gaveta. Eu preciso das palavras. Sem elas e a liberdade forjada que essas mesmas palavras me aparentam, não sobrevivo ao mundo cheio de padrões sociais. Mas extrínsicamente não exista liberdade.
Aí chega você, ali, com camisas desleixadas, barba por fazer, e pensamentos tão naturais a mim, e tão divergentes à aqueles que seguem o fluxo.
"Sexo verbal não faz meu estilo, palavras são erros e os erros são seus." Mas suas palavras faziam sexo comigo.
Sentir seus lábios me fez ir além, imaginando palavras.
Não sou boa de poesia, prefiro prosas. Na verdade não sou boa em escrever quase nada. Sou boa em sentir, em ouvir. E eu ouvi aquela sua poesia. Não me interessa pra quem era. Nem preciso saber. Mas sei que olhei nos seus olhos, e você viu, olhou também, talvez até intencionalmente, mesmo que eu não acredite nisso. Te devorei com os olhos, você percebeu. Você também me olhava sempre. Eu senti.
Ah, seus lábios!
Não tem nada haver com você, mas isso me dá uma falta de ar. Pensei em tantas palavras para dizer como sua prolixidade para tentar se fazer entender era minha.
Seus olhos espertos, rápidos, perdidos. Imagino eles em cima de mim, me olhando, corpo a corpo.
Engraçado. Na estrada, no caminho pra casa, pensei em escrever sobre meu desejo por você, mas aí, escrevendo percebo que meu desejo é por mim.
Que diferença do que eu era. Que diferença do que eu precisava. Que diferença dos meus amores, todos platônicos. Enfim percebo que o que eu sempre procurei está dentro de mim, dentro dos meus livros, daquela estante onde agora Justine se incluí.
Minha história real, talvez tenha começado há 8 anos, quando precisei me reinventar, quando precisei ultrapassar minhas fronteiras, meus limites. Quando realmente perdi, aprendi o que era o amor. Não aprendi o que era o amor para os outros, continuo não gostando de rosas, mas aprendi o que era esse sentimento tão estranho pra mim. E aprendi acima de tudo que é essa minha liberdade de prisões e conceitos que faz meu coração ser tão livre, tão meu, e tão de todos.
Amo. Amo você, amo ele, amo ela, amo eles. Liberdade saca?
Cara, como essa tal liberdade é boa. Não a liberdade fora da lei, a liberdade interna. Ter limites é necessário para a convivência social, e necessário para o mundo corporativo, mas dentro de mim, os limites são inalcançáveis. Não há fronteiras quando se trata de pensamentos, de imaginação.
Minhas febres noturnas de vida, essas queimações nas veias que me urram vontades extremas, me gritam a necessidade de inteligência, que me externam do mundo comum e que me fazem procurar o ultimo brilho lastimável de compreensão humana inviável à minha escolha de vida, me fazem lembrar o quão completa eu sou em mim.
As vezes me falta a segurança do desejo do outro. Desejo que senti em suas pernas encostando nas minhas, ou nos seus olhos no meu corpo. Não sei porquê, mas não consigo ver tesão só por tesão, só por corpo. Tesão está na cabeça, está no olhar. Tesão é desejo.
Eu cuidarei do meu céu e do meu mar. Talvez eu cuidarei de você e de mim, do meu jeito, apenas na minha lembrança, porque é assim que eu sou, livre e distante.
Você ali, jaqueta, camisa amassada, calça jeans clara meio surrada, sapatos extremamente brilhantes, sentado numa roda, falando sem parar, frio de meio de ano.
Olhei, e ainda não era ninguém conhecida (talvez continue não sendo, realmente não importa), mas olhei, cada movimento enquanto, ainda prolixo em suas falas, levantava-se e pelo pulso puxava a jaqueta, talvez para repararem menos na camiseta desleixada.
Toda sexta feira, em suas palavras era minha solidão que me tomava, a parte de mim que mais gosto, que mais me faz completa, a solidão dessa necessidade de mundo, de conceitos, de concordâncias.
Essa distância da estrada comum e proximidade e pluralidade de uma alma tão minha que ninguém tira.
Nem tudo é interpretado do jeito que deveria ser, e talvez visse aquilo como um momento de amor. Não, não se julgue tão bom. É um amor meu. Só meu.
Amor não precisa ser isso pregado socialmente e loucamente, com sentimentos de posse. Amor pode ser livre. Amor pode ser múltiplo. Amor pode ser só amor. Sem rótulos. Sem números. Sem medos. Nem toda palavra é o que parece ser.
A tempos não escrevia publicamente. Gosto de me esconder atrás de mim, atrás da minha posição, atrás dos conceitos hora sociais, hora psicológicos. Faz bem conviver tranquilamente com o mundo fora de mim.
Meus textos andavam sendo só meus, guardados em cadernos na gaveta. Eu preciso das palavras. Sem elas e a liberdade forjada que essas mesmas palavras me aparentam, não sobrevivo ao mundo cheio de padrões sociais. Mas extrínsicamente não exista liberdade.
Aí chega você, ali, com camisas desleixadas, barba por fazer, e pensamentos tão naturais a mim, e tão divergentes à aqueles que seguem o fluxo.
"Sexo verbal não faz meu estilo, palavras são erros e os erros são seus." Mas suas palavras faziam sexo comigo.
Sentir seus lábios me fez ir além, imaginando palavras.
Não sou boa de poesia, prefiro prosas. Na verdade não sou boa em escrever quase nada. Sou boa em sentir, em ouvir. E eu ouvi aquela sua poesia. Não me interessa pra quem era. Nem preciso saber. Mas sei que olhei nos seus olhos, e você viu, olhou também, talvez até intencionalmente, mesmo que eu não acredite nisso. Te devorei com os olhos, você percebeu. Você também me olhava sempre. Eu senti.
Ah, seus lábios!
Não tem nada haver com você, mas isso me dá uma falta de ar. Pensei em tantas palavras para dizer como sua prolixidade para tentar se fazer entender era minha.
Seus olhos espertos, rápidos, perdidos. Imagino eles em cima de mim, me olhando, corpo a corpo.
Engraçado. Na estrada, no caminho pra casa, pensei em escrever sobre meu desejo por você, mas aí, escrevendo percebo que meu desejo é por mim.
Que diferença do que eu era. Que diferença do que eu precisava. Que diferença dos meus amores, todos platônicos. Enfim percebo que o que eu sempre procurei está dentro de mim, dentro dos meus livros, daquela estante onde agora Justine se incluí.
Minha história real, talvez tenha começado há 8 anos, quando precisei me reinventar, quando precisei ultrapassar minhas fronteiras, meus limites. Quando realmente perdi, aprendi o que era o amor. Não aprendi o que era o amor para os outros, continuo não gostando de rosas, mas aprendi o que era esse sentimento tão estranho pra mim. E aprendi acima de tudo que é essa minha liberdade de prisões e conceitos que faz meu coração ser tão livre, tão meu, e tão de todos.
Amo. Amo você, amo ele, amo ela, amo eles. Liberdade saca?
Cara, como essa tal liberdade é boa. Não a liberdade fora da lei, a liberdade interna. Ter limites é necessário para a convivência social, e necessário para o mundo corporativo, mas dentro de mim, os limites são inalcançáveis. Não há fronteiras quando se trata de pensamentos, de imaginação.
Minhas febres noturnas de vida, essas queimações nas veias que me urram vontades extremas, me gritam a necessidade de inteligência, que me externam do mundo comum e que me fazem procurar o ultimo brilho lastimável de compreensão humana inviável à minha escolha de vida, me fazem lembrar o quão completa eu sou em mim.
As vezes me falta a segurança do desejo do outro. Desejo que senti em suas pernas encostando nas minhas, ou nos seus olhos no meu corpo. Não sei porquê, mas não consigo ver tesão só por tesão, só por corpo. Tesão está na cabeça, está no olhar. Tesão é desejo.
Eu cuidarei do meu céu e do meu mar. Talvez eu cuidarei de você e de mim, do meu jeito, apenas na minha lembrança, porque é assim que eu sou, livre e distante.
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